Norma Suely
Psicóloga Clínica | Neuropsicóloga
Terapia Cognitivo Comportamental
CRP 05/49045
Av das Américas, 1155 Barra da Tijuca/RJ

Saúde Mental

O QUE É ASSERTIVIDADE? A assertividade é uma habilidade social que envolve a expressão direta de necessidades, sentimentos, opiniões e preferências, sem sentimentos de culpa, medo e ansiedade e sem que haja hostilidade para com o interlocutor. Uma pessoa assertiva se permite agir de acordo com seus próprios interesses, se afirmar perante os outros sem constrangimento, e expressar seus desejos e defender seus direitos, sem agredir ou desrespeitar os direitos dos outros. O comportamento assertivo permite que o indivíduo assuma com segurança seus sentimentos e posturas. O principal parâmetro a ser avaliado em relação à assertividade é o grau de sofrimento experienciado pelo indivíduo - se existe ansiedade indevida ou excessiva ao expressar-se, acarretando em omissão de sentimentos e opiniões - e se a maneira de expressar-se é comumente hostil, gerando conflitos interpessoais. O comportamento assertivo pode ser considerado um “meio-termo” entre duas outras posturas: a passividade e a agressividade. O COMPORTAMENTO PASSIVO A pessoa com tendências passivas apresenta falha ou déficit na expressão de suas necessidades ou preferências, sendo, por vezes, permissiva e omissa em suas opiniões. A pessoa com este comportamento acaba por violar seus próprios direitos, dando, assim, ao outro, a permissão de fazê-lo. Com bastante freqüência, a pessoa passiva sente dificuldades em transformar situações incômodas em cenários mais confortáveis para si, pois evita comunicar seu desagrado ou expressar seu descontentamento. Pode inclusive prejudicar-se por evitar se beneficiar em situações em que poderia obter ajuda externa e apresentar melhores resultados. Casos típicos são as dificuldades em pedir favores ou, ao contrário, recusar pedidos de outrem. Os ditos “passivos” podem parecer verdadeiros pacificadores, pois dificilmente contradizem os outros ou correm o risco de desapontar alguém. Costumam utilizar-se do lema “deixemos pra lá”, na tentativa de minimizar todos os conflitos. Entretanto, na base do comportamento assertivo encontra-se, com freqüência, o medo de punições, retaliações, rejeição ou simplesmente falta de repertório adequado (não saber como se expressar). O COMPORTAMENTO AGRESSIVO É aquele por meio do qual o indivíduo expressa suas opiniões e emoções de maneira hostil, impondo pontos de vistas ou sendo exigentes quanto às suas necessidades e preferências. A pessoa com este comportamento defende seus direitos, porém com freqüência o faz às custas dos direitos alheios. Ofensas, gritos, xingamentos podem estar presentes, podendo também haver déficit de repertório adequado. A pessoa dita “agressiva” tende a ser intolerante à frustração – seja a de suas opiniões, seja de recusas ou então de ser exposta a críticas. “Estar certo” é muito importante, e por este motivo tendem a levar a ferro e fogo seus pontos de vista. A dificuldade em tolerar opiniões e críticas está comumente ligada a insegurança intensa, gerando a necessidade de ser reafirmado através de outros. POR QUE NÃO SOMOS ASSERTIVOS? É importante lembrar que ninguém consegue ser 100% assertivo em 100% das situações. Mais dia, menos dia, acabamos sendo passivos ou então agressivos. Pode ser mais fácil ou mais difícil ser assertivo dependendo da pessoa a quem o comportamento se dirige, momento em que ele ocorre ou a situação em que a comunicação acontece. Por isso, falamos em “graus de assertividade” – sendo o ideal que o consigamos ser assertivos com muitas pessoas e em variadas situações. A assertividade, assim como muitas de nossas habilidades, é um comportamento aprendido, e não inato. Esta aprendizagem se dá ao longo de nossa primeira infância, através das interações significativas que temos com as pessoas. Podemos aprender com nossos pais, professores, irmãos ou outras figuras de relativa importância, através da observação. Podemos ter sido expostos, ao longo de nossa história de vida, a situações de passividade, na qual o comportamento assertivo sofreu punições ou retaliações. Podemos ter sofrido reprimendas (físicas, verbais ou psicológicas) e tido más consequências ao expressarmos nossas emoções, e aprendemos, desta forma, que a assertividade é indesejável. Da mesma maneira, podemos ter tido benefícios significativos ao permanecermos inassertivos, sendo omissos ou mesmo nos expressando de forma agressiva. Em situações futuras, portanto, iremos recorrer a tais referências ao exercermos nossa comunicação. Normas e valores culturais e familiares também podem ter influências. Na cultura japonesa, por exemplo, é comum que a conduta feminina inclua a subserviência e a aceitação. Em determinadas famílias, as crianças são incitadas a acatarem a opinião dos pais sem contestá-las. Esse histórico comportamental acaba por modelar tanto nosso repertório de respostas quanto uma série de crenças – de que poderemos ser abandonados caso expressemos algum desgosto, por exemplo. COMO SERMOS ASSERTIVOS? Se a assertividade é uma habilidade aprendida, isso significa que podemos aprendê-la a qualquer momento. As dificuldade da fase adulta naturalmente tornarão a aprendizagem mais árdua e, por vezes, haverá a sensação de estarmos “indo contra nossa natureza”. Apesar disso, é importante lembrar que a assertividade é universalmente vantajosa e que, mesmo que cause algum desconforto a curto prazo, os benefícios de longo prazo são numerosos. A assertividade, enquanto uma ferramenta social, garante que os direitos de cada indivíduo sejam reassegurados: direito de seguir seus próprios valores e princípios sem ferir os de outrem, de sentir-se bem consigo mesmo sem ter de justificar-se o tempo inteiro, de errar, confundir-se e negar favores sem sentir-se culpado, de ter opiniões próprias e sentimentos legítimos, de mudar de opinião ou de pensar melhor antes de tomar decisões, sem sentir-se pressionado ou oprimido. Resguardar suas opiniões e pontos de vista não significa, entretanto, que eles estejam certos. Assim como uma pessoa pode expressar suas emoções e opiniões, ela também deve reassegurar ao outro o direito de manter suas próprias convicções - o primeiro direito universal a ser observado é o direito de discordar. O comportamento assertivos pode ser “dividido” em vários passos, que envolvem desde a análise geral do contexto até mesmo a expressão propriamente dita. Algumas diretrizes básicas podem ser úteis: Analise a situação como um todo. Entenda exatamente o que está acontecendo e quem a situação envolve. Se este for o caso, escute com atenção o que o outro diz. Deixe a pessoa saber que você a ouviu, demonstrando empatia. Investigue seus sentimentos, seus pensamentos e desejos. Veja o que realmente gostaria de falar e de que forma o faria. Questione-se: a mensagem será recebida da maneira que você tenciona? A forma está adequada? Palavras hostis estão presentes? Qual a maneira mais objetiva e delicada de se expor a idéia? Avalie a intenção de sua fala. Ela tem um objetivo claro? O que você pretende com isso? Pense nas conseqüências do que dirá e as assuma, evitando, entretanto, assumir a responsabilidade total pelos sentimentos alheios. Pense nos gestos e tons de voz ideais a serem usados. Eles são coerentes com seus sentimentos? Procure ser específico, descrevendo o comportamento ou a situação, ao invés de julgar a pessoa. Observe a reação do outro, coloque-se no lugar dele e pergunte-se: isso tem relação com sua fala ou com a própria personalidade do outro? Se sentir-se mal em dizer o que irá dizer, expresse sem desconforto. Isso desperta empatia da parte alheia. Se sentir ansiedade, pergunte-se: o que você receia? Agüente a ansiedade como um teste de realidade – muitas vezes, sua previsão negativa do que irá acontecer pode não se confirmar. Para exercer a assertividade com eficiência, exercite a empatia: coloque-se no lugar do outro e imagine como gostaria que tais conteúdos fossem expressos. Costuma funcionar. Fontes de consulta – para ler mais: “Bem, até agora ninguém havia reclamado...” Judith Stewart. Makron Books, 1996. “Assert yourself” M.D. Galassi e J.P. Galassi. Human Sciences Press – adaptação da tradução de Catarina Dias. “Falo? Ou não falo?” Fátima Cristina Conte e Maria Zilah Brandão. Editora Mecenas, 2003. Postado por Ana Paula Varella Ferreira www.terapiaempauta.blogspot.com.br/2011/08/voce-e-assertivo.html

ANSIEDADE - TÉCNICAS DE MANEJO A ansiedade é um estado fisiológico, selecionado naturalmente na espécie humana, cuja função é de, basicamente, preparar o organismo para enfrentar um perigo. A ansiedade patológica ocorre quando este estado está desproporcional à situação enfrentada, ou quando ocorre na ausência de qualquer perigo real. Uma vez que a percepção de perigo depende fundamentalmente do processamento cognitivo do indivíduo, podemos dizer que mesmo uma situação de perigo imaginário (fantasias) é capaz de desencadear respostas de ansiedade em uma pessoa. Sendo um ou outro caso a situação, em todas elas a ansiedade possui uma manifestação física importante, e os seguintes sintomas estão normalmente presentes: · Taquicardia · Respiração difícil, curta ou faltando · Tremor nas mãos ou em outras partes do corpo · Sudorese excessiva· Desconforto abdominal · Sensação de medo ou perda de controle O que fazer em relação a estes sintomas? À parte a recomendação consensualmente aceita de medicação e psicoterapia, existem algumas técnicas bastante simples que podem ser utilizadas a qualquer momento, e que interrompem, relativamente rápido, o estado corporal que a ansiedade provoca. Elas podem ser utilizadas tanto no tratamento dos Transtornos Ansiosos como também em caráter preventivo – aos primeiros sinais de ansiedade ou de desconforto emocional. 1. TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA A respiração tem um papel importantíssimo no processo fisiológico da ansiedade, uma vez que a hiperventilação (respiração rápida, curta e superficial, estilo “cachorrinho”) tem o poder de intensificar os sintomas ansiosos. Sendo assim, a solução é fazer inverso: respirar profundamente, devagar e, de preferência, pelo diafragma. Experimente enviar o ar inspirado para a região baixa do abdômen, abaixo das costelas. Para auxiliar, você pode imaginar que possui um pequeno balão nesta região, e intencionalmente enviar o ar para preenchê-lo. Colocas a mão sobre a região ajuda também, pois torna possível visualizar o movimento abdominal e assim apontar a respiração correta. Inspire pelo nariz e expire pela boca. Faça séries de 10 respirações, sempre contando e dizendo o número em voz alta, e então iniciando o ciclo respiratório em tempos iguais (por exemplo, 3 segundos para inspirar e outros 3 para expirar). NOTA: essa respiração utiliza o músculo diafragmático, e portanto é possível sentir algum cansaço durante o exercício. Não se preocupe, pois esse cansaço ou desconforto desaparecerá com a prática. Inicie com 5 minutos (ou 10 repetições) pela manhã e verifique um início de dia mais tranquilo e descansado. Se desejar, utilize qualquer momento favorável do dia para praticar – no trânsito, banho, reunião com o chefe ou em qualquer momento em que sinta-se ansioso. RECAPTAÇÃO DE CO² O equilíbrio respiratório depende de um cálculo entre a quantidade de oxigênio inspirado, a quantidade de CO² expirado e o quanto destes gases permanecem dentro do organismo entre uma respiração e outra. Na hiperventilação (respiração cachorrinho), este equilíbrio é prejudicado devido aos altos índices de oxigênio (inspiração ) e baixos índices de gás carbônico (CO²) eliminados na expiração. Este desequilíbrio produz mal-estar, dor abdominal e sensação de vertigem, o que agrava os sintomas de ansiedade, e reestabelecer este equilíbrio é relativamente simples – a velha técnica de “respirar no saquinho” que tanto vemos nos filmes da TV. De fato funciona: basta expirar pela boca dentro de um saquinho de papel, devagar e pausadamente, e inspirar o ar do próprio saquinho. Faça diversas vezes seguidas, sem tirar a boca de dentro do saquinho. DICA: na falta de um saquinho (ninguém tem este hábito de andar por aí com um saquinho dentro da bolsa, não é?), coloque uma palma da mão sobre a outra em forma de concha e respire ali dentro. O efeito é exatamente o mesmo. 2. TÉCNICAS DE RELAXAMENTO Existem diversos tipos de técnicas de relaxamento, todas com o objetivo de obter, basicamente, um estado fisiológico agradável e de tensões reduzidas. Embora grande parte deles trabalhem tendo em vista uma sensação de tranquilidade e bem-estar, existem pequenas diferenças técnicas que focam em um ou outro aspectos mais específicos. O Relaxamento Muscular Progressivo de Jacobson é uma técnica que foca em, principalmente, um aumento da percepção corporal e consequente aumento do controle muscular. Essa percepção corporal mais acurada é especialmente importante para os que sofrem de ansiedade pois permite que indivíduo perceba os primeiros sinais de tensão e ansiedade, podendo agir muito mais rapidamente e de maneira bastante eficiente no combate à mesma. Como o próprio nome diz, trata-se de uma técnica de relaxamento progressivo, ou seja, gradativo, por meio da tensão e relaxamento dos grupos musculares. Nos indivíduos ansiosos, é comum que haja muita contração dos músculos do corpo sem real percepção de que isso esteja ocorrendo. Portanto, é importante identificar quais são estes estados musculares (a tensão e o relaxamento) através da indução dos mesmos. Assim, o indivíduo vai, primeiramente, tensionando os músculos, para em seguida, relaxá-los. Você pode experimentar fazer isso “de baixo para cima”, ou seja, dos pés até o topo da cabeça. Deitado ou sentado, de olhos fechados, vá visualizando cada parte de seu corpo separadamente, e foque sua atenção a cada grupo de músculos individualmente. Por exemplo, a focar sua panturrilha, procure sentir a tensão na mesma – com a perna estendida, contraia a musculatura puxando a ponta do pé para cima e esticando a linha do calcanhar. Permaneça 5 segundos nesta posição, sentindo a tensão do músculo e atentando a cada parte do corpo envolvida. Perceba como este músculo se relaciona com as coxas, com os joelhos, com os dedos dos pés. Em seguida, solte abruptamente a musculatura e perceba a sensação de relaxamento. Repita o processo com cada grupo muscular, de ambos os lados, sempre tensionando primeiro e depois soltando abruptamente. Ao passar de um grupo muscular para outro, certifique-se de que o grupo muscular trabalhado está inteiramente relaxado. Pratique uma respiração calma e profunda durante todo o processo. Este exercício pode ser feito à sua maneira – ouvindo música, ao ar livre, quando você está tenso ou mesmo quando não há nenhuma ansiedade ou estresse presente. Praticar o relaxamento e aumentar a consciência corporal não apenas é uma técnica útil para enfrentar a ansiedade, como também uma maneira eficiente de ganhar qualidade de vida. 3. TÉCNICAS COGNITIVAS VISUALIZAÇÃO Visualize, em sua mente, a situação que o preocupa. Talvez você esteja muito ansioso com uma reunião, uma entrevista de emprego, ou com contas a pagar. Provavelmente, uma cena “preocupante” já passou pela sua cabeça muito antes de você se propor a fazer um exercício de visualização. São as nossas “imagens mentais”, que podem nos causar extremo desconforto, ansiedade, e toda uma extensa gama de sentimentos negativos. Quando uma imagem mental causa desconforto, nossa primeira tendência é a de interrompê-la. É o famoso “não quero nem imaginar”. Pois a técnica aqui trata-se de justamente IMAGINAR. Não interrompa a cena preocupante – vá até o final. Imagine os detalhes, as cores, os cheiros, as pessoas, os diálogos. Deixa a cena se desenrolar, como a um filme que você assiste. Se sentir-se muito ansioso, pratique a respiração diafragmática enquanto visualiza. Perceba o que ocorre com a cena: ela chega a um ápice de angústia e então desaparece? Ela termina tragicamente? Diante do resultado, existem algumas opções a seguir: DESCATASTROFIZAÇÃO Se sua cena atinge um clímax de ansiedade e então desaparece, é de se supor que você está bloqueando o final da mesma. “Avance o filme” e pergunte-se: o que de pior pode acontecer? Talvez o final catastrófico seja uma demissão, um rompimento, ou algo bastante ruim. Tente visualizar este resultado e avance o filme novamente: o que aconteceu? Se for preciso, avance anos no tempo. O que aconteceu? O que de pior poderá acontecer? Normalmente, o que se descobre com este tipo de exercício é que o resultado final pode ser realmente ruim, mas dificilmente é tão ruim que não possamos aguentar. O que ocorre é que, ao interrompermos a imagem em seu pior momento, não temos oportunidade de verificar nossas reais condições de enfrentamento. Somos, geralmente, mais capazes de lidar com os problemas do que acreditamos ser. Visualizar uma cena até o final nos permite explorar todas as nossas alternativas, e desmistifica o que normalmente concebemos como “o pior”. Uma demissão, por exemplo, pode ser muito desagradável e gerar inúmeros problemas, mas quando você se pergunta “o que de pior poderá acontecer se eu for demitido?”, descobre que poderá arrumar outro emprego, pedir ajuda a amigos, fazer um empréstimo, vender o carro, enfim, alternativas outras que não “passar fome”, por exemplo. IMAGINAÇÃO DE RESULTADOS Você pode também interferir “no filme” e alterar o roteiro por trás da sua cena. Pode planejar um diálogo, modificar seu comportamento, criar situações favoráveis e transformar a cena preocupante em uma cena de sucesso. Se você fica muito ansioso com uma apresentação que irá fazer, ou uma entrevista de trabalho, ou qualquer outra situação em que se sente inseguro, feche os olhos PR alguns instantes e imagine a cena desde o começo. Como você está vestido? Que horas sairá de casa? Como é o caminho? Procure fazer a cena da maneira mais agradável possível, mesmo que sinta interferências de pensamentos negativos. Imagine o momento “crítico” acontecendo da melhor maneira, seu desempenho da maneira que você gostaria que fosse, a reação positiva das pessoas ao seu redor. Crie com detalhes sua cena agradável: seu tom de voz, as palavras, o ambiente, as perguntas e as respostas. “Volte o filme” e refaça algo que não saiu como gostaria. Vá até o final “do filme” e termine-o vitoriosamente: visualize seu retorno agradável à sua casa ou ponto de partida e veja sua feição de sucesso. Sinta a sensação de conquista e de satisfação: tudo deu certo e saiu exatamente como você queria! As técnicas de visualização podem, a princípio, parecer bastante ingênuas e simplórias. Entretanto, são comprovadamente eficientes ao gerar sentimentos positivos (bem como negativos) e auto-confiança. O cérebro é um organismo bastante plástico, dinâmico, no qual a fantasia se equivale à realidade. Pense bem: se uma cena desagradável na sua cabeça é capaz de fazer seu coração acelerar, uma cena agradável também é capaz de tranquilizá-lo. “E SE ISSO ACONTECER?” Esta é uma técnica semelhante à descatastrofização, porém em “versão” escrita. Numa folha de papel, escreva o que lhe aflige. Tente ser sintético e resumir a questão em poucas palavras. Esta é uma etapa em si mesmo muito importante: quando você define o problema, o delimita. Então a questão é “medo de ser demitido”, e apenas isso importa (a cara do chefe, dos colegas de trabalho, da família, enfim, ficam de fora neste momento). Delimitado o problema, pergunte-se: “e se isso acontecer?”. Novamente delimite o problema e vá fazendo isso até não ter mais alternativas. Novamente você descobrirá que o resultado não é tão ruim assim. Segue abaixo um exemplo: “MEDO DE SER DEMITIDO” E se isso acontecer? “FICAREI SEM DINHEIRO” E se isso acontecer? “VOU TER PEDIR AJUDA AOS MEUS PAIS” E se isso acontecer? “MEUS PAIS NÃO ME AJUDARÃO. TEREI QUE ARRUMAR OUTRO EMPREGO.” E se isso acontecer? “PROVAVELMENTE ARRUMAREI ALGO QUE NÃO GOSTO” E se isso acontecer? “POSSO TRABALHAR EM ALGO QUE NÃO GOSTO E CONTINUAR PROCURANDO.” E se isso acontecer? “FICAREI INSATISFEITO POR UM TEMPO MAS TEREI O DINHEIRO QUE PRECISO PARA PAGAR MINHAS CONTAS.” No exemplo acima, fica claro que o final da história, embora não ideal, é satisfatório. Este é o objetivo – desmistificar a previsão trágica do futuro e aproximá-la mais das possibilidades reais que um indivíduo possui. Estas são apenas algumas das técnicas de controle de ansiedade disponíveis para todos. Você não precisa ser portador de um Transtorno Ansioso para praticá-las, mas pode usá-las no dia-a-dia para ganhar mais qualidade de vida e tranquilidade no seu cotidiano. Postado por Ana Paula Varella Ferreira http://terapiaempauta.blogspot.com.br/2013/04/tecnicas-de-controle-de-ansiedade.html

TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL - O QUE É? A Terrapia Cognitivo Comportamental (TCC) é uma abordagem psicoterapêutica que se baseia na interação entre pensamentos, emoções e comportamentos. Ela foi desenvolvida por Aaron T. Beck na década de 1960 e posteriormente refinada por outros psicólogos, como Albert Ellis. Essa terapia é fundamentada na premissa de que nossas crenças, pensamentos e interpretações sobre eventos influenciam diretamente nossas emoções e comportamentos. Os objetivos principais da Terapia Cognitivo Comportamental são: 1. Identificar e modificar pensamentos disfuncionais: A TCC busca ajudar o indivíduo a identificar padrões de pensamentos negativos, distorcidos ou irracionais que podem contribuir para o desenvolvimento de problemas emocionais ou comportamentais. Por meio do questionamento e reavaliação desses pensamentos, o objetivo é substituí-los por padrões de pensamentos mais realistas e saudáveis. 2. Alterar padrões comportamentais disfuncionais: Além de trabalhar com os pensamentos, a TCC também foca na mudança de comportamentos problemáticos ou desadaptativos. Isso pode envolver o desenvolvimento de novas habilidades, a prática de comportamentos mais saudáveis e a eliminação de comportamentos prejudiciais. 3. Regular emoções e lidar com os sentimentos negativos: A TCC busca auxiliar o indivíduo a aprender estratégias para lidar com emoções negativas, como ansiedade, tristeza ou raiva. Isso inclui aprender a identificar as emoções, aceitá-las e desenvolver maneiras mais eficazes de lidar com elas. 4. Promover a resolução de problemas: A terapia ajuda os pacientes a desenvolver habilidades para enfrentar desafios e resolver problemas de forma mais eficiente. Isso envolve a quebra dos problemas em partes menores e a busca por soluções práticas e realistas. 5. Prevenir recaídas e promover a estabilidade emocional: A TCC não apenas visa tratar os sintomas atuais, mas também equipa os indivíduos com estratégias de enfrentamento para lidar com dificuldades futuras e evitar recaídas. A TCC é amplamente utilizada no tratamento de uma variedade de condições, incluindo ansiedade, depressão, transtornos alimentares, fobias, transtornos de estresse pós-traumático, entre outros. Ela é uma abordagem comprovadamente eficaz, sendo baseada em técnicas e métodos cientificamente embasados, o que a torna uma das terapias mais populares na prática clínica atual.

O QUE É DEPRESSÃO? A depressão não é apenas uma sensação de tristeza, de fraqueza ou de "baixo astral". É muito mais do que se sentir triste ou ficar de luto após uma perda, por exemplo. A depressão é uma doença de corpo como um todo (tanto como hipertensão arterial, a diabetes ou as doenças cardíacas) que afeta o humor, os pensamentos, a saúde e o comportamento. Estima-se que 10% da população mundial sofram de uma doença depressiva em algum período de sua vida. O quadro clínico da depressão pode apresentar os seguintes sintomas: Tristeza persistente, ansiedade ou sensação de vazio; Sentimentos de culpa, inutilidade e desamparo; Insônia terminal (ocorre o despertar 3 a 4 horas da manhã) ou excesso de sono; Perda de apetite e do peso, ou aumento do apetite e ganho de peso; Fadiga e sensação de desânimo; Irritabilidade e inquietação; Dificuldade para concentrar-se e recordar; Dificuldades em tomar decisões; Sentimentos de desesperança e pessimismo; Ideias ou tentativas de suicídio; Dores crônicas que não correspondem aos tratamentos convencionais; Perda de interesses por atividades que anteriormente despertavam prazer, incluindo-se atividades profissionais, sexuais ou mesmo lazer. Por que a Depressão ocorre? A depressão é consequência de um desequilíbrio de substâncias cerebrais chamadas neurotransmissores, que são fundamentais na regulação do humor. Em algumas famílias a depressão costuma ocorrer de geração em geração. Entretanto, pode, por vezes, manifestar-se em indivíduos que não possuem história de depressão familiar. Herdada ou não, a depressão maior está associada à redução ou ao excesso de certas substâncias neuroquímicas (neurotransmissores). A personalidade (constituição psicológica) também desempenha papel na vulnerabilidade à depressão. Pessoas com baixa autoestima que se vêem sistematicamente com pessimismo, ou que se deixam facilmente abater pelo estresse, são mais predispostas à depressão. Fatores externos (ambientais) como dificuldades financeiras, doença crônica, ou qualquer alteração indesejada na vida também podem desencadear um episódio depressivo. Assim, conclui-se que, com frequência, a combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais está presente no aparecimento da doença depressiva. Existe tratamento para Depressão? Mais de 85% das pessoas que sofrem de depressão podem ser ajudadas através de tratamentos adequados. Quando bem aplicados, eles reduzem a dor, o sofrimento e eliminam os sintomas causados pela depressão, permitindo que o paciente volte à vida normal. A precocidade do tratamento é fundamental para o sucesso terapêutico. Existem vários tratamentos disponíveis para a depressão. Os mais adequados deles deverão dar conta de todos os fatores envolvidos no desenvolvimento do problema. Assim, o primeiro passo de qualquer tratamento será o restabelecimento do equilíbrio bioquímico dos neurotransmissores cerebrais envolvidos na regulação do humor. Para este aspecto faz-se necessário o uso de medicamentos que possam fazer o restabelecimento deste equilíbrio. O segundo e talvez o mais importante passo no sucesso do tratamento a longo prazo, trata-se de uma abordagem psicoterápica que conscientize o paciente sobre a necessidade de reestruturar sua maneira de viver e principalmente de lidar com os problemas de maneira menos desgastantes. O terceiro passo visa introduzir na vida do paciente hábitos e/ou técnicas que fazem o equilíbrio físico e mental tais como a ioga, meditação, prática de exercícios físicos, técnicas de relaxamento e alimentação mais saudável, rica em substâncias que ajudem na manutenção do equilíbrio do corpo. Um tratamento que cumpra todas essas etapas tem por objetivo não somente o restabelecimento do quadro depressivo, mas principalmente a conquista de uma melhor qualidade de vida. A ajuda de amigos e parentes é importante? A ajuda de parentes e amigos é fundamental para o paciente com depressão, uma vez que o desânimo e a desesperança, muitas vezes, o impedem de procurar ajuda especializada. Desta forma, a coisa mais importante que alguém pode fazer por uma pessoa deprimida é ajudá-la a se submeter a um diagnóstico e a um tratamento adequado. Outro aspecto muito útil é reafirmar para o paciente que com o tempo e ajuda ele se sentirá bem melhor. Dra Ana Beatriz Barbosa Silva (Médica Psiquiatra, CRM/RJ 5253226/7)
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SETEMBRO AMARELO 0 suícidio é uma das principais causas de mortolidade no Brasil e no mundo. No entanto, o conhecimento dos fatores de risco e sinais de alerto pode ouxiliar na suo prevençâo. Faça o download do Folheto - Fatores de risco e sinais de alerta.

LEVEZA Seja leve! Faça das suas experiências oportunidades de aprendizados. Não fique remoendo o passado. Compartilhe esperança em dias melhores. As adversidades são possibilidades de crescimento e adaptação. Viva o presente, pois seguramente é o que temos para nos transformar em pessoas melhores. Seja portador de boas notícias, de encorajamento, de ver o que o outro tem de melhor. O mundo precisa de pessoas mais leves, gentis e agradecidas. Contribua fazendo a sua parte! Renove-se! Cubra-se de fé em Deus, em você e na vida.

Doença de Parkinson: O que você precisa saber A Doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica que afeta principalmente a coordenação motora. Caracterizada pela diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor importante para o controle dos movimentos, essa doença se manifesta de forma gradual e pode impactar significativamente a qualidade de vida. Causas: Degeneração de neurônios: A principal causa da Doença de Parkinson é a degeneração dos neurônios da substância negra, uma região do cérebro responsável pela produção de dopamina. Fatores genéticos: Embora a maioria dos casos seja esporádica, alguns genes têm sido associados a um maior risco de desenvolver a doença. Fatores ambientais: Exposição a pesticidas, metais pesados e traumas cranianos podem ser fatores de risco. Características: Os sintomas da Doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa e progridem lentamente. Os mais comuns incluem: Tremor: Tremor nas mãos, braços, pernas, queixo ou lábios, especialmente quando o músculo está em repouso. Rigidez muscular: Aumento do tônus muscular, causando rigidez nos membros e dificuldade em realizar movimentos suaves. Bradicinesia: Lentidão dos movimentos, como dificuldade em iniciar e terminar atividades. Instabilidade postural: Dificuldade em manter o equilíbrio, aumentando o risco de quedas. Alterações não motoras: Além dos sintomas motores, a Doença de Parkinson pode causar depressão, ansiedade, distúrbios do sono, constipação e alterações na fala. Fatores de risco: Idade: O risco aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas acima de 60 anos. Sexo: Homens são ligeiramente mais afetados do que mulheres. História familiar: Pessoas com histórico familiar de Parkinson têm maior risco. Exposição a toxinas: A exposição a pesticidas e outros produtos químicos pode ser um fator de risco. Prevenção: Embora não exista uma cura para a Doença de Parkinson, algumas medidas podem ajudar a prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença: Vida saudável: Manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e não fumar são hábitos importantes para a saúde geral e podem ajudar a prevenir diversas doenças, incluindo o Parkinson. Controle da pressão arterial e do colesterol: Manter a pressão arterial e o colesterol sob controle pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares e outras condições associadas ao Parkinson. Proteção contra traumas cranianos: Usar capacete ao praticar esportes e tomar precauções para evitar quedas pode ajudar a reduzir o risco de traumas cranianos, um fator de risco para a doença. É importante ressaltar que a Doença de Parkinson é uma condição complexa e cada caso é único. O diagnóstico e o tratamento devem ser realizados por um neurologista. Se você ou alguém que você conhece apresenta os sintomas da Doença de Parkinson, procure um médico para avaliação e diagnóstico. #DoençaDeParkinson #Neurologia #Saúde #BemEstar** Observação: Este post tem caráter informativo e não substitui a consulta médica. Compartilhe este post para ajudar a conscientizar sobre a Doença de Parkinson! #JuntosContraOParkinson #Neurologista #SaúdeDoCérebro #QualidadeDeVida